E eu estou parada, cansada, sem forças, me mover pesa demais, mal sou capaz de me locomover quanto mais de carregar pensamentos tão densos e pesados. E enquanto eu permaneço parada as coisas acontecem, as coisas perdem o controle, as “coisas” acabam.
Nada faz sentido, nada tem razão, me perco em pensamentos simples, tão simples que chegam a ser complexos. E a complexidade me afunda me põe para baixo, me faz cavar mais e mais, após o fundo do poço.
E eu estou perdida, confusa, abandonada, minhas esperanças se esvaíram há muito tempo e eu não sei o que fazer, não sei como agir, as cobranças me sufocam, o medo invade minha alma a agonia me domina.
A vida se resume em perguntas sem respostas, a constante falta de paciência, ao tempo perdido, viver torna-se algo insuportável e morrer algo difícil. Permaneço aqui, em cima do muro, entre a vida e a morte, observando de cima, infeliz, covarde, amedrontada... Não sou capaz de tomar uma decisão e não creio que alguém possa vir me salvar, me ajudar, me abraçar.
E eu me encontro em uma constante espera do impossível, do irreal, lúdico, utópico. Constantemente iludida, imóvel, incapaz.
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