domingo, 15 de agosto de 2010

Lágrimas escorriam em seu rosto, demonstrando uma fragilidade, antes, nunca vista. Sentava-se ao chão, abraçando, fortemente, os joelhos, como uma pequena criança desprotegida.

O medo a atormentava, a certeza da negação a frustrava, a insegurança era constante, a sofreguidão era dolorosa, as últimas esperanças haviam morrido e com elas o resto, do que alguns chamavam de vida.

Ninguém a entendia, todos a detestavam! Desprezo e pena, o sufrágio de todos quanto à situação em que ela se encontrava. Há tempos atrás ela ousara pedir ajuda, mas hoje, nada a faria desejar que alguém, por mais que odiado fosse, adentra-se aquele conturbado e impetuoso universo sem salvação.

Prontamente, me propus a ajuda – lá, ver alguém com tamanho sofrimento assustava- me. Não obtive resposta súbita, mas após alguns instantes ela me encarou, encarou-me com aqueles profundos olhos, inchados, por cada lagrima que por ali havia passado.

Uma forte angustia tomou conto do meu ser, meu coração, parecia, ter parado de bater, sentia-me inteiramente em pedaços.

Sentei-me no chão, abracei, fortemente, meus joelhos quando, então, lagrimas escorreram por meu rosto. Não havia ninguém ali, ninguém! Alem de mim, nada além de mim e um reflexo, um reflexo que refletia em um grande espelho.

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