domingo, 8 de agosto de 2010


Há algo que não posso explicar, apenas tenho a plena certeza de que permanece em mim. Não posso precisar o tempo que existe, mas sinto que cada vez ganha mais força.

Nunca pude entender o porquê, eu apenas estava lá. Meus olhos fixos o observavam, cada movimento, cada palavra, cada gesto!  Uma euforia invadiu meu peito, quem seria aquele que havia me arrancado do meu universo paralelo e me jogado na realidade? Quem era aquele cujas palavras me interessavam tanto? Sentia-me incrivelmente bem ao lado dele, não possuía o medo de ser quem eu realmente era, mas uma dúvida ainda permanecia, quem era aquele?

O tempo passou como sempre passa e passará, e com ele minha admiração crescia assim como a curiosidade sobre aquele rapaz misterioso, sedutor, encantador... Talvez fossem essas algumas das qualidades que tanto me interessavam.

Meus pensamentos, conturbados, ignoravam a presença de um universo paralelo, ignoravam a hipótese de este um dia ter existido. Nada me importava mais do que descobrir quem era aquele. Aquele que eu tinha a certeza que era muito mais do que demonstrava ser.

Havia tornado-se um fascínio, uma pequena obsessão, uma confusão! Minha razão confundiu-se com emoção, meu coração batia estranhamente, seria amor? Por alguns instantes pensei que sim, mas logo constatei que não deveria ser. Deveria... Era uma obrigação que não fosse.

Em meio a diversos sentimentos e desejos encontrava-se aquele que eu tanto queria saber quem era! Encontrava-se a inspiração, uma criatura, antes, existente em um universo paralelo apenas em minha imaginação, fruto de um desejo, e hoje, realidade.

E, agora, nessa fria noite de inverno chego a uma simples e, talvez, frustrante conclusão, existe algo que não posso explicar, apenas tenho a plena certeza de que permanecerá em mim.

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