quinta-feira, 1 de dezembro de 2011



E eu sou filha do pecado e da luxúria, e me abdicar disso foi um erro que não irei mais cometer. Eu vou chutar o “pau da barraca” me perder, me frustrar e me consolar com álcool e cigarros. Os caras me desejam e as garotas também. O mundo está afundando e o social manda você ser como todos são, vamos afundar juntos.

Dizer eu te amo e saciar a carência, se divertir com o que tem e quando perder a graça descartar! Afinal o mundo é tão grande. Usar drogas e se transportar para um mundo maravilhoso e quando voltar levar todos com você, o egoísmo é errado. Vamos afundar juntos.

Venha comigo, eu sou o caminho errado, o caminho do lobo mau, o caminho da perdição, a maça do paraíso, os caras me desejam e as garotas também. E não, eu não me importo por que eu não sinto mais nada.

E você vai se perguntar o porquê de ser assim, o porquê de ser do jeito que é. E eu vou te responder. As inúmeras tentativas de fazer tudo ter sentido, de achar um caminho, seguir em frente, de ter o que e quem eu queria, tentativas em vão, cansei, desisti! E a morte não é a solução, eu permaneci morta por dezoito anos e o certo agora é viver se entregar ao mundo. Sem regras, sem amor ou paixões, sentimentos da realeza e eu sou apenas o lixo do mundo, mas não me importo, eu não acredito em nada que eu não possa destruir! E eu vou chutar o “pau da barraca” me perder, me frustrar e me consolar cm álcool e cigarros.

terça-feira, 29 de novembro de 2011


E eu estou parada, cansada, sem forças, me mover pesa demais, mal sou capaz de me locomover quanto mais de carregar pensamentos tão densos e pesados. E enquanto eu permaneço parada as coisas acontecem, as coisas perdem o controle, as “coisas” acabam.


Nada faz sentido, nada tem razão, me perco em pensamentos simples, tão simples que chegam a ser complexos. E a complexidade me afunda me põe para baixo, me faz cavar mais e mais, após o fundo do poço.


E eu estou perdida, confusa, abandonada, minhas esperanças se esvaíram há muito tempo e eu não sei o que fazer, não sei como agir, as cobranças me sufocam, o medo invade minha alma a agonia me domina.


A vida se resume em perguntas sem respostas, a constante falta de paciência, ao tempo perdido, viver torna-se algo insuportável e morrer algo difícil. Permaneço aqui, em cima do muro, entre a vida e a morte, observando de cima, infeliz, covarde, amedrontada... Não sou capaz de tomar uma decisão e não creio que alguém possa vir me salvar, me ajudar, me abraçar.


E eu me encontro em uma constante espera do impossível, do irreal, lúdico, utópico. Constantemente iludida, imóvel, incapaz.

domingo, 15 de agosto de 2010

Lágrimas escorriam em seu rosto, demonstrando uma fragilidade, antes, nunca vista. Sentava-se ao chão, abraçando, fortemente, os joelhos, como uma pequena criança desprotegida.

O medo a atormentava, a certeza da negação a frustrava, a insegurança era constante, a sofreguidão era dolorosa, as últimas esperanças haviam morrido e com elas o resto, do que alguns chamavam de vida.

Ninguém a entendia, todos a detestavam! Desprezo e pena, o sufrágio de todos quanto à situação em que ela se encontrava. Há tempos atrás ela ousara pedir ajuda, mas hoje, nada a faria desejar que alguém, por mais que odiado fosse, adentra-se aquele conturbado e impetuoso universo sem salvação.

Prontamente, me propus a ajuda – lá, ver alguém com tamanho sofrimento assustava- me. Não obtive resposta súbita, mas após alguns instantes ela me encarou, encarou-me com aqueles profundos olhos, inchados, por cada lagrima que por ali havia passado.

Uma forte angustia tomou conto do meu ser, meu coração, parecia, ter parado de bater, sentia-me inteiramente em pedaços.

Sentei-me no chão, abracei, fortemente, meus joelhos quando, então, lagrimas escorreram por meu rosto. Não havia ninguém ali, ninguém! Alem de mim, nada além de mim e um reflexo, um reflexo que refletia em um grande espelho.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O fato de saber que era errado, não me impediu de fazer. Poder parar não soava como dever. Prazo de validade eu o ignorei. Suas palavras preenchiam o vazio que ecoava dentro de mim. A armadilha estava formada e, apenas, possuía uma camuflagem mal feita.

O afeto que me fazia falta foi saciado por você, eu era o que você precisava e você tinha o que eu queria. Uma perfeita relação de sugadores, o interesse, muito mais forte que o afeto.

Um minuto aqui, no próximo você foi embora. Desligou-se de mim, sugou o suficiente, desligou-se de mim. A camuflagem era mal feita, a armadilha havia funcionado! Meu peito encheu-se de raiva, mas você não estava mais aqui!

Um minuto aqui, no próximo você foi embora e com você levou o meu sorriso. Eu chorei, por dias e dias, eu chorei, queria que você estivesse aqui, queria que estivesse aqui me tirando deste inferno.

O tempo passou, as lágrimas cessaram quando percebi que elas eram em vão, que você nunca iria saber ou se importar com elas.

Hoje, ainda sinto sua falta, mas não quero que você esteja aqui. Hoje, você me mostrou que esta bem, mas eu não me importo mais.Hoje, você pode duvidar do que, antes, senti. Mas do que importa?
Hoje aqui, no próximo minuto você foi embora.

Música: Slipknot- Snuff

domingo, 8 de agosto de 2010


Há algo que não posso explicar, apenas tenho a plena certeza de que permanece em mim. Não posso precisar o tempo que existe, mas sinto que cada vez ganha mais força.

Nunca pude entender o porquê, eu apenas estava lá. Meus olhos fixos o observavam, cada movimento, cada palavra, cada gesto!  Uma euforia invadiu meu peito, quem seria aquele que havia me arrancado do meu universo paralelo e me jogado na realidade? Quem era aquele cujas palavras me interessavam tanto? Sentia-me incrivelmente bem ao lado dele, não possuía o medo de ser quem eu realmente era, mas uma dúvida ainda permanecia, quem era aquele?

O tempo passou como sempre passa e passará, e com ele minha admiração crescia assim como a curiosidade sobre aquele rapaz misterioso, sedutor, encantador... Talvez fossem essas algumas das qualidades que tanto me interessavam.

Meus pensamentos, conturbados, ignoravam a presença de um universo paralelo, ignoravam a hipótese de este um dia ter existido. Nada me importava mais do que descobrir quem era aquele. Aquele que eu tinha a certeza que era muito mais do que demonstrava ser.

Havia tornado-se um fascínio, uma pequena obsessão, uma confusão! Minha razão confundiu-se com emoção, meu coração batia estranhamente, seria amor? Por alguns instantes pensei que sim, mas logo constatei que não deveria ser. Deveria... Era uma obrigação que não fosse.

Em meio a diversos sentimentos e desejos encontrava-se aquele que eu tanto queria saber quem era! Encontrava-se a inspiração, uma criatura, antes, existente em um universo paralelo apenas em minha imaginação, fruto de um desejo, e hoje, realidade.

E, agora, nessa fria noite de inverno chego a uma simples e, talvez, frustrante conclusão, existe algo que não posso explicar, apenas tenho a plena certeza de que permanecerá em mim.

domingo, 1 de agosto de 2010

 Ao despertar, abri os olhos e olhei fixamente para o teto, sentia-me em um estado mórbido, mentalmente e fisicamente abatido. Não conseguia entender o real motivo da imcompletude que existia dentro de mim, mas eu sabia que havia algo faltando.

 Sentia-me privada da presença de algo ou de alguém. Afastada de algum lugar ou, talvez, de alguma coisa.

 Lembrei-me, então, de certas experiências e de prazeres já vividos, que por mim, eram considerados um bem desejável. Essas lembranças por sua vez me fizeram sentir a ausência de tais momentos.

 Resolvi, então, levantar-me, procurar algo que conseguisse explicar o motivo desse aperto que sentia dentro do meu peito, algo que explicasse tanta melancolia.

Todos esses sintomas deviam significar algo, provavelmente eu chegaria á algum diagnóstico. Procurei em todos os lugares possíveis e imagináveis e por fim encontrei! Todos os sintomas encaixavam-se perfeitamente na definição, transcrita no dicionário, de saudade.






Sentirei muito a tua falta !